terça-feira, 31 de maio de 2011

Estudantes da UFPA protestam durante visita do vice-reitor

No último dia 18 de maio, esteve visitando o Campus de Altamira, o Vice-Reitor da UFPA, Horácio Scheider.
Segundo o memorando 068/2011, de 18 de maio de 2011, enviado pela coordenação geral do Campus a esse jornal: "A vinda do senhor vice-reitor Horácio Scheider a Altamira, é principalmente para visitar as obras do REUNI que estão em atraso e para tratar do projeto de expansão do Campus Universitário".


Vice-reitor, professores e a coordenação visitam as obras atrasadas do Campus II
Foto: Redação
O documento diz ainda, que o vice-reitor se reuniu com uma comissão de discentes pela parte da manhã, reunindo-se na seqüência na parte da tarde com a coordenação do campus e também com diretores de faculdades ‘’para tratar dessas questões e esclarecer as dúvidas com relação ao pleito’’.


Vice-reitor reunido com discentes
Foto: Redação

Em entrevista concedida a uma rede de televisão em rede estadual no dia 18 de maio, o vice-reitor disse não concordar com a idéia de que a UFPA está sucateada e se defendeu dizendo que desconhecia problemas como o da qualidade da água, informado pelos alunos. Segundo o vice-reitor, em poucas semanas os alunos poderão dispor de melhores acomodações nos prédios novos.

Manifestação
Durante a visita do vice-reitor da UFPA, ao Campus de Altamira, muitos alunos realizaram um protesto reivindicando melhores condições no Campus. Os estudantes munidos de faixas e narizes de palhaço tocaram apitos, estouraram foguetes

Manifestação dos alunos no Campus II
Foto: Redação

no Campus da UFPA e pelas ruas de entorno da instituição. Os alunos também se utilizaram do teatro para demonstrar os problemas vividos na universidade. Entre as reivindicações do estudantes estão a falta de uma cantina universitária, falta de espaço físico para salas de aula e diretórios acadêmicos, falta de professores. Também questionavam a qualidade da casa do estudante e da água disponibilizada para o consumo nas dependências da universidade. Segundo informações extra-oficiais, a água será levada para analise para verificar se ela encontra-se apta para o consumo. Muitas reivindicações fazem parte da campanha do Diretório Acadêmico ‘’S.O.S UFPA’’.

Direito de Resposta

Direito de Resposta
"Boa tarde Prof. Luiz Fernando,
Em resposta a notícia divulgada pelo JORGE em 25/03/2011, em sua 5ª Edição, informamos a V. Sa. que o problema da falta de água na Casa doEstudante Universitário de Altamira já foi sanado há cerca de 03 (três) semanas, conforme informações dos próprios discentes que lá residem.
Gostaria que divulgasse a notícia em sua próxima edição, uma vez, que esta Coordenação tem se esforçado ao máximo para atender as reivindicações que lhe são solicitadas dentro das possibilidades.
As benfeitorias concedidas aos estudantes da casa foram imensas, se os mesmos forem fazer uma avaliação das casas de estudantes de outras IFES que existem, ficarão surpresos com o que lhes foi concedido. O Campus este ano fará 25 anos, se for feita uma avaliação do que era o Campus deAltamira e como ele está hoje, encontrarão grandes surpresas.
Ficaria grato se também divulgassem as benfeitorias que estão sendo realizadas no Campus, esta Coordenação encontra-se a disposição paradirimir quaisquer dúvidas e com toda certeza se esforçará para sanar qualquer dificuldade que surgir.
Att,
Rainério Meireles da Silva
Coordenador do Campus Universitário de Altamira"
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Nota de esclarecimento:
A matéria que foi publicada na edição 5ª do Jornal da Geografia (JORGE), intitulada ‘’Censurado’’, foi encaminhada por meio de correio eletrônico pelo Coordenação do Diretório Acadêmico, o qual é responsável pelo seu contéudo .
Sobre a divulgação das benfeitorias realizadas no Campus, até o presente momento não foi enviado ao jornal nenhuma noticia a esse respeito. A única noticia enviada pela coordenação do Campus ao jornal data de 18/05/2010 e encontra-se publicada nessa edição.
Aproveitando a ocasião, gostaria de lembrar a todos que o JORGE está aberto a todos aqueles que queiram fazer uso de seu espaço. Os interessados podem enviar seus artigos, matérias, fotos e outros para jornalgeoaltamira@gmail.com
Prof. Luiz Fernando Roscoche - Editor

RAPIDINHAS

RAPIDINHAS
Trânsito
Quem anda pelas ruas de Altamira nota algumas mudanças. Não estou me referindo ao aumento de buracos, mas sim a presença de fiscais de transito espalhados pelo centro da cidade. Porém, muitos motoristas parecem não se importar com a presença desses fiscais. Na esquina do Banco do Brasil taxistas estacionam encima da calçada, já na Rua Djalma Dutra motoristas estacionam em fila dupla e nas proximidades do Mercado Alvorada motos ocupam as calçadas obstruindo o fluxo de pedestres. Em todos os casos, os fiscais estavam presentes a alguns metros das ocorrências. Claro que a problemática não se restringe apenas a fiscalização, pois se a fiscalização de transito é precária em Altamira a educação dos motoristas é ainda pior.

Belo Monte
Aconteceu em dependências da Universidade Federal do Pará, Campus de Altamira no último dia 2 de maio de 2011, uma mesa redonda para discutir a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O evento que foi organizado e mediado pelo prof. Dr. Yarnel de Oliveira Campos (Faculdade de Geografia - UFPA) teve a participação do engenheiro da Eletronorte Ronaldo Luis Crusco, Marcelo Salazar (Instituto Socioambiental), e ainda do prof. Dr. Hermes Fonseca de Medeiros (Faculdade de Biologia – UFPA). Estiveram presentes também diversos movimentos sociais da região, além de alunos e professores da UFPA e membros da comunidade. Cada um dos membros da mesa fez suas considerações e também foram questionados pelo público presente que externou suas duvidas, insatisfações a indignação em relação ao projeto. A reunião deu origem a um outro encontro ocorrido no dia 9 e que teria como objetivo debater as condicionantes da UHE Belo Monte.

Parece piada
Enquanto o Campus de Altamira padece com problemas de internet, insuficiência de livros, falta de salas de aulas, falta de espaços físicos para algumas faculdades, alguns discutem a construção de um clube de remo. Antes das aulas de remo talvez fossem necessárias algumas aulas de bom senso.


Trabalho de Campo
Sob a orientação da prof. Msc. Rita Denise de Oliveira, os alunos do curso de Geografia Darlene e Grigorio realizaram uma saída de campo no dia 21 de abril para localidade de Babaquara para observar os impactos da UHE Belo Monte.

POR QUE REVER O CÓDIGO FLORESTAL?*

As legislações ambientais brasileiras são consideradas avançadas, no entanto, temos presenciado um retrocesso na aplicabilidade de muitas dessas normas e, agora, a iminência de mudança significativa nas disposições do vigente Código Florestal, particularmente com a redução da proteção das Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal. A proposta de modificação discutida hoje na Câmara dos Deputados é a do Deputado Aldo Rebelo (PcdoB/SP), mas a alteração do Código constitui anseio do legislativo brasileiro há mais de dez anos. A indagação que colocamos é: por que rever o Código Florestal?
Fonte da imagem: http://creajrpr.files.wordpress.com/2011/05/codigo-florestal.jpg

A obrigatoriedade de recomposição florestal ou de demais formas de vegetação, particularmente na Amazônia, constitui um entrave para aqueles que possuem áreas já degradadas e buscam a expansão da atividade econômica, sobretudo diante de suas normas rígidas com relação às APPs e reserva legal. Sob a esteira desenvolvimentista, recompor ou reflorestar constitui um encargo para os investidores, especialmente para os proprietários do setor agropecuário. A saida, neste caso, seria modificar a legislação ambiental e esquecer o desmatamento feito no passado. Isso beneficiaria aqueles que promoveram o desmatamento, os que se apropriaram dos recursos florestais ao longo dos anos ou adquiriram propriedades com passivo ambiental, já que a responsabilidade de recomposição recai sobre o atual proprietário.
É claro que os debates acerca do Código Florestal não podem ser dissociados de uma discussão mais ampla. Diz respeito ao perigoso retrocesso por que vem passando as normas ambientais no Brasil, mediante um processo de relativização, parte da estratégia do modelo desenvolvimento que valoriza a atividade econômica, o lucro, o capital. Daí presenciarmos interpretações tendenciosas das legislações ambientais, na busca de caminhos abreviados para a implantação de empreendimentos econômicos ou de infraestrutura. É o caso das normas que versam sobre o licenciamento ambiental. Estas são desrespeitadas e interpretadas de acordo com a conveniência do empreendedor (inclui o Poder Público), com emissão de licenças ambientais parciais, além do acelerado andamento das fases do licenciamento, na maioria das vezes ignorando pareceres técnicos e os princípios fundamentais do direito ambiental: prevenção, precaução e participação popular.
Apesar desse cenário que se instaurou no Brasil, sob uma visão mais otimista, esperamos que nesse debate acerca das legislações ambientais, particularmente do Código Florestal, prevaleça a proteção socioambiental, com uma visão futurista dos impactos que poderão ser causados. O Código Florestal é da década de 1960 (Governo Militar), mas suas regras não se mostram obsoletas para atingir os fins propostos. Nesse sentido, a revisão que esperamos não está propriamente em seu texto, e sim nas ações do Poder Público, particularmente para a Amazônia, já que a ocupação de terras e o desmatamento fizeram parte da agenda governamental mediante a implantação de projetos “desenvolvimentistas”, ignorando a aplicação das normas ambientais, o que contribuiu para no quadro de desmatamento atual e para a busca da legalização do passivo ambiental.

*Andréia Macedo Barreto, advogada, doutoranda em Direito (ICJ/UFPA), professora de Legislação Agrária e Ambiental da Faculdade de Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Pará, Campus Altamira. E-mail: abarreto@ufpa.br.

Notas sobre a divisão do Estado do Pará*

Mas uma vez retorna com força o antigo desejo de divisão do Estado do Pará, desta vez a partir da aprovação, pela câmara dos deputados, do plebiscito sobre a criação dos estados do Carajás e do Tapajós. No caso de Carajás, um decreto deve ser promulgado pelo presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP) autorizando a realização da consulta. No de Tapajós, o plenário da Câmara aprovou, mas falta a votação no Senado.
O caso retoma uma antiga máxima do pensamento europeu, de dividir para melhor governar, suscitada por Nicolau Maquiavel em seu famoso livro “O Príncipe”. Contudo, este pensamento já era presente muito antes da constituição do Estado moderno, a partir do domínio das províncias romanas entre 509 a.C. e 476 d.C.

No caso da divisão do Estado do Pará, não são apenas as motivações políticas que dão razão a esse intento. Trata-se de um processo que tem origem, sobretudo, na forma de ocupação do Estado a partir da década de 50, com movimentos migratórios ligados às práticas desenvolvimentistas do Governo Federal. Temos, portanto, um estado setorizado, com grandes diferenças em termos econômicos e culturalmente multifacetado. Mas essas serão razões suficientes para se pensar em divisão político-administrativa? Veremos aqui, grosso modo, os prós e os contras desse processo ou, pelo menos, o que se espera de benefício e o que se pode contra-argumentar enquanto prejuízos caso a divisão seja efetivada.


Para concluir, vale ressaltar que quando Maquiavel tratou da divisão, a finalidade seria a conquista dos súditos, a dominação objetiva em benefício do soberano. Sabemos que tanto em Carajás quanto no Tapajós existem sujeitos que tem na divisão político-administrativa um interesse que vai para além do benefício público. Nesse sentido, vale pensar se o processo de fragmentação do estado serve realmente à população do estado ou aos agentes políticos e econômicos que desejam auferir vantagens com a divisão.

*Prof. José Queiroz de Miranda Neto - Mestre em Geografia na área de concentração planejamento urbano e regional e professor assistente da UFPA, Campus de Altamira.

Desenvolvimento demográfico do município de Altamira e as suas múltiplas facetas*

Altamira é conhecida por ser o município com maior extensão territorial do mundo, com uma área aproximadamente de 160mil km². Porém, isso não significa que toda a sua área territorial esteja ocupada. Por estar no interior da floresta Amazônica, parte do município apresenta áreas florestadas, e, quando não, ocupada por extensos campos de produção agropecuária. No que diz respeito a sua demografia, é sabido que existem fatores que vem incentivando um crescimento sempre observado a cada contagem de população. Segundo a Enciclopédia dos Municípios, obra de referência do IBGE (1957), houve algumas missões jesuítas a partir do século XVIII em busca de catequizar as tribos indígenas que já habitavam o território brasileiro muito antes dos europeus (ou homens “brancos e civilizados”) imaginarem existir terra no meio do oceano Atlântico. Em meados do século XIX majores e coronéis aqui se estabeleceram, desenvolvendo assim algumas atividades que levaram o estabelecimento do município.
Desde sua criação (Lei Estadual nº 1.234, de 6 de novembro de 1911), o município de Altamira apresentou duas grandes fases de ocupação. A primeira gerada pelo ciclo da borracha na Região Amazônica. Nesse momento a cidade se transforma no núcleo da região produtora da borracha por volta da década de 1940, concentrando força de trabalho remobilizada – os chamados soldados da borracha e os garimpeiros, em busca de ouro na Volta Grande. É um período onde se verifica significativo crescimento urbano. A segunda fase se dá a partir da década de 1970, com a consolidação da BR-230, mais conhecida como Rodovia Transamazônica, e com a implantação da Política de Colonização da Amazônia. Foram iniciativas do governo em busca de consolidar a ocupação territorial dos chamados “vazios demográficos”. Sabe-se que, a partir desse momento, o município de Altamira vem apresentando um crescimento demográfico acelerado, como observado na tabela.


A tendência futura continua na direção do aumento populacional acelerado, haja vista a instalação do AHE Belo Monte que prevê um acréscimo de mais de 90 mil habitantes em toda a área afetada, tendo Altamira como principal município atingido. Porém, a estimativa de crescimento vai além desse número apontado pelos estudos encomendados pela Eletronorte. É bom lembrar também hoje há um possível desmembramento estadual, onde Altamira poderá fazer parte de um novo Estado brasileiro: Tapajós, o que incentivaria um incremento populacional no território altamirense.
Com o crescimento populacional e expansão da zona urbana do Município de Altamira vieram os problemas urbanos. Tratando-se de uma região drenada pela Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, a sede urbana se desenvolveu as margens do rio Xingu e em meio aos igarapés Altamira, Ambé e Panelas. Essas áreas tratam-se de planícies de inundação naturais submetendo-se periodicamente a cheias, porém são ocupadas de forma desordenada, em sua maioria por populações de baixa renda que residem em locais com carência de infra-estrutura e saneamento básico. O desenvolvimento urbano causou a impermeabilização do solo, com a construção de edificações e a pavimentação das ruas. Outro problema agravante decorre da construção de fossas sépticas sem rigor, contaminando o lençol freático, já que ainda não foi implantado sistema de esgotamento sanitário.
Inclui-se, também, impactos relativos à saúde pública. Como não existe um sistema de saneamento básico, a população residente nas palafitas às margens dos cursos d'água despeja os dejetos diretamente nos igarapés, levando à poluição das águas. Dessa forma, deixa os moradores expostos às enfermidades relativas ao consumo da água e ambiente propício a vetores de transmissores de doenças como a dengue e leptospirose.
É bom lembrar que, além dos problemas ambientais listados é evidente na cidade uma supervalorização de imóveis, onde a especulação imobiliária tem sido evidente. Já existem bairros criados em áreas periféricas da zona urbana de Altamira, visando um futuro adensamento populacional de uma classe de padrão econômico alto. Porém vale ressaltar que tudo ainda não passa de uma grande especulação. Afinal, segundo os militantes dos movimentos sociais contra a construção do empreendimento Belo Monte, a hidrelétrica não será construída. Será?

*Prof. Msc. Luciana Martins Freire- Mestre em Geografia (UECE)- Profa. da Faculdade de Geografia- Campus de Altamira

CNX Promove Workshop sobre Avaliação Técnica das Alternativas para Conservação do Tabuleiro do Embaubal*

O Centro de Conservação da Natureza da Bacia do Xingu (CNX) é um órgão Suplementar da Universidade Federal do Pará (UFPA) e tem como uma de suas finalidades promover a integração das ações de pesquisa e de intervenções socioeconômicas, conservacionistas e preservacionistas realizadas na bacia hidrográfica do Rio Xingu e áreas adjacentes.
No dia 06 de junho de 2011 o CNX realizará um Workshop intitulado: Avaliação Técnica das Alternativas para Conservação do Tabuleiro do Embaubal. O Evento ocorrerá no auditório do Campus de Altamira da UFPA. Durante o evento será discutido o plano de criação de uma Unidade de Conservação no Tabuleiro do Embaubal. Deverão participar representantes de instituições que tenham papel relevante na condução de ações socioambientais na região do Tabuleiro do Embaubal (Senador José Porfírio – PA), incluindo órgãos governamentais, organizações não governamentais, entidades de classes e pesquisadores.


O Tabuleiro do Embaubal localiza-se na região do Baixo Xingu, no Pará, entre os municípios de Vitória do Xingu e Senador José Porfírio, sendo o último considerado “o maior banco de reprodução de quelônios de água doce das Américas”. Os quelônios utilizam o Tabuleiro do Embaubal para a desova. As espécies de quelônios mais corriqueiras na região são o Tracajá (P. unifilis) e a Tartaruga da Amazônia (P. expansa), as quais vêm diminuindo bruscamente ao longo dos anos. Estas espécies vêm sofrendo ameaças principalmente pela intervenção antrópica através da pesca e caça predatória, tendo em vista que estas espécies são utilizadas no consumo alimentar pelas comunidades ribeirinhas. Outro fator preocupante que ameaça os quelônios são as próprias características e dinâmicas ambientais da região, que também acarretam na perda de grande parte dos ovos no período de desova. Dessa forma, faz-se necessária uma intervenção imediata na região a fim de se promover alternativas para sua conservação e consequente sustentabilidade.

*Geógrafa Msc. Janaina Melo Oliveira, secretária executiva do Centro de Conservação da Natureza da Bacia do Xingu.

Geógrafo analisa morte de Bin Laden

Em entrevista concedida ao Programa Bom dia Brasil, da Rede Globo de Televisão, o geógrafo e sociólogo Demétrio Magnoli analisa as consequências da morte do terrorista Osama Bin Laden.
Embora alguns digam que Osama não estava mais no comando operacional da Al-Qaeda, Magnoli afirma que essa informação não é verdade e sustenta que ele tinha sim o comando operacional da organização. Segundo ele, “desde 2001 a rede terrorista se fragmentou e se pulverizou em células com bastante autonomia em função dos golpes que sofriam dos Estados Unidos e dos países ocidentais na guerra ao terror”. Magnoli acredita que esse foi um duro golpe contra a organização. Outro duro golpe ideológico e político, segundo ele, seriam as revoltas no mundo muçulmano por mais liberdade e democracia, pontos esses completamente contrários ao que prega o programa do terrorismo islâmico.
O geógrafo acredita que o fato de Osama estar no meio do Paquistão e próximo de uma academia militar denota que possivelmente o serviço de inteligência paquistanês sabia da presença do terrorista em seu pais.
Sobre a saída das tropas americanas do Afeganistão e do Iraque, esse reiterou que são coisas diferentes. Que a saída de tropas do Iraque está encaminhada e é iminente. No Afeganistão é outra situação. Magnoli finaliza lembrando que é preciso calma nessa hora sobre a retirada do Afeganistão. A morte de Bin Laden não significaria uma retirada mais rápida do Afeganistão.