quinta-feira, 28 de junho de 2012

XINGU+23

Por Taiane de Cássia

Entre os dias 13 e 16 de junho de 2012, foi realizado o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu. O evento tinha como objetivo reunir a sociedade para discutir e lutar contra os planos do governo de construir hidrelétricas ao longo do Rio Xingu e Tapajós. O evento ocorreu no mesmo mês que acontece a Rio +20 (A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD) acorrida entre os dias 20 a 22 de junho na cidade do Rio de Janeiro) reunindo os lideres mundiais para discutir um novo modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo.
Foto aérea dos manifestantes formando a frase ‘’Pare Belo Monte’’
O encontro ocorreu na comunidade Santo Antônio a 50 km de Altamira. Estiveram presentes no ato cerca de 300 pessoas, entre ribeirinhos, pescadores da região e indígenas das tribos Juruna, Xipaia, Munduruku e Kayapó dos rios Teles Pires e Tapajós e Tembe da região de Belém, além da participação de ativistas de vários estados do Brasil e de outros países, como da Turquia, Israel, Áustria, Bélgica, Canadá e EUA. Também compareceram ao evento integrantes da comunidade que outrora lá residiam, movimentos sociais, representantes de organizações não governamentais e da comunidade acadêmica.
Durante os quatros dias do evento foram discutido os desafios e a as ações dos atingidos por barragens e desabafos de pessoas que sofrem com o empreendimento de Belo Monte. O evento fortaleceu as discussões sobre o Empreendimento e “deu voz” as pessoas que estão sendo afetadas pela construção da hidroelétrica para que expusessem o seu clamor e suas reivindicações. 
Das 70 famílias que na Vila Santo Antônio residiam restam apenas dez, isso devido às desapropriações compulsórias de seus moradores. Por consequência da construção da ensecadeira, matas que protegem as margens do rio são arrancadas sobrando apenas uma grande área nua de terra no rio.
Diante disto, os pescadores, ribeirinhos e movimentos sociais, promoveram uma audiência pública realizada na Universidade Federal do Pará com a Norte Energia, sendo que esta última não compareceu.
No dia 15 de junho, foi realizada em Altamira por moradores da cidade uma marcha em protesto ao empreendimento. O encontro encerou-se no dia 16 após uma caminhada pela Transamazônica.


FACGEO APROVA 20 BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA


por Luiz Fernando Roscoche

A Faculdade de Geografia,  Campus de Altamira, deverá contar em breve com 20 novas bolsas, voltadas para quem deseja trabalhar no ensino da geografia. A FACGEO foi contemplada no mais recente edital da seleção interna UFPA/ PIBID – Programa Institucional de Bolsistas de Iniciação a Docência.
O PIBID é uma iniciativa da CAPES/MEC. Dentre seus principais objetivos, está a formação de docentes em nível superior para a Educação Básica, e visa inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar e contribuir para a articulação entre teoria e prática na formação dos futuros professores.
Os alunos selecionados desenvolverão suas atividades em escolas públicas do município de Altamira, sob a coordenação do Prof. Me. Daniel Vallerius, e deverão cumprir 30 horas mensais (no mínimo) de atividades realizadas em ambiente escolar. O valor da bolsa é de R$ 400,00.
Além dos alunos bolsistas, professores da rede pública de ensino também serão contemplados com bolsas dentro deste projeto, no intuito de oferecer acompanhamento e supervisão as atividades desenvolvidas pelos alunos vinculados ao PIBID.
A seleção para o programa será realizada em breve e o professor Daniel se mostra otimista com os resultados esperados: “A implantação do PIBID será muito importante para o despertar do interesse dos alunos de nosso curso – uma licenciatura, sempre é bom lembrar – pela docência e para aqueles que desejam estudar novas possibilidades no âmbito do ensino da geografia”.
O Campus de Altamira também deverá receber programas PIBID nos cursos de Biologia e Letras, permitindo a realização de trabalhos e atividades transversais com tais áreas e fortalecendo o programa dentro da instituição.
FACGEO aprova 8 bolsas de Extensão
No dia 21 de maio a Pró-Reitoria de Extensão, publicou o resultado dos programas e projetos contemplados com bolsa de extensão: Navega Saberes/Infocentros. Ao todo a UFPA, aprovou 51 projetos, sendo que a Faculdade de Geografia, Campus de Altamira, aprovou 3 projetos nesse edital, destinando duas bolsas de extensão para cada projeto. Os projetos aprovados pertencem aos  professores Luiz Fernando Roscoche, Luciana Martins Freire e José Queiroz de Miranda Neto.
Outras duas bolsas foram conseguidas através do edital ‘’Eixo Transversal Inovação e Tecnologia’, sendo uma bolsa para o projeto “Mapeamento temático da província espeleológica Altamira-Itaituba, Estado do Pará” e  outra bolsa para o projeto coordenado pelo prof. Me. Daniel Mallmann Vallerius através do projeto “Outros saberes, novas conexões: inovação e tecnologia na formação dos professores de Geografia e demais Ciências Humanas”.
Os alunos devem ficar atentos para os editais de seleção que devem estar em breve nos murais da universidade.

GEOGRAFIA EM CHARGE


FACULDADE DE LETRAS PROMOVE ATIVIDADE CULTURAL


 por Taiane de Cássia

Estudantes do curso de Letras (Inglês) promoveram no dia 11 de junho de 2012 uma manhã cultural com um grupo de norte-americanos que estavam visitando o município. Os alunos organizaram todo evento, usaram  criatividade e apresentaram vídeos abordando temas atuais do município, como Belo Monte e evidenciando os problemas que o município enfrenta na atual conjuntura.  Houveram  apresentações culturais tanto por parte dos estudantes quanto dos convidados.

O objetivo do evento era proporcionar a interação dos alunos com o grupo de americanos, e que a turma tivesse a experiência de conversar com pessoas que falassem a língua inglesa fluentemente. Os alunos conversaram em inglês com os visitantes sobre a vida na cidade. Já o grupo de americanos realizou uma exposição demonstrando alguns aspectos de sua cultura.


Após as apresentações estudantes e visitantes realizaram uma confraternização quando puderam saborear os pratos típicos do Pará e dos Estados Unidos.
Segundo o Professor Antônio Bezerra Neto,o evento teve um rendimento positivo pois estimulou o trabalho em grupo e envolveu os alunos com os temas abordados.
O professor avalia que os alunos mostraram grande empenho em desenvolver as atividades e ao mesmo tempo estimulou a reflexão sobre formas de integrar a comunidade acadêmica nas próximas atividades.

FATOS EM FOTOS

Local: Tv. Salim Mauad, ao lado do Mercado Municipal - Centro de Altamira.
Benfeitoria: Uma placa com o seguinte texto: Futuras Instalações- Camelódromo.
 Comentários: Dispensa.








No dia 21/06 um motorista de caminhão conseguiu arrebentar toda a fiação elétrica e telefônica na Rua Coronel José Porfírio, destruindo um poste e quebrando uma árvore. Pessoas circulavam em meio aos fios de energia arrebentados e veículos passavam embaixo do poste em eminência de desabar.

RAPIDINHAS


Enquanto dezenas de greves ‘’estouram’’ em todo o país quem ganhou aumento foram os presidiários. O auxílio reclusão foi reajustado pelo INSS e agora atinge o valor de R$ 915,05 (Portaria nº 02, de 6/1/2012). E no caso de morte do preso o benefício vira pensão por morte para a família. Enquanto isso, cidadãos de bem que recebem o salário mínimo de R$622,00, trabalham 8 horas diárias e tem que pagar pelo aluguel, luz, água, alimentação, além de sustentar uma legião de ‘’honoráveis’’ corruptos.      

NOTÍCIAS DE BELO MONTE: UMA PEQUENA VITÓRIA DO RIO XINGU


 por Prof. Dr. Rodolfo Salm

A construção de Belo Monte afetou a vida de todos por aqui, primeiramente ao aumentar a níveis astronômicos os preços dos aluguéis. Claro que milhares de casas deveriam ter sido feitas com antecedência na cidade pelo consórcio construtor da barragem para os trabalhadores que estão chegando. Mas para que se preocupar com isso se é mais fácil desalojar os moradores da cidade? A construção de Belo Monte também transformou completamente o outrora pacato trânsito da cidade. É difícil acreditar, mas caminhões e ônibus a serviço das empresas construtoras trafegam em alta velocidade nas estreitas ruas da cidade, ameaçando e frequentemente matando seus moradores. Também aumentaram os casos de violência contra crianças. Isso tudo vem em um único grande pacote de mega-construções como Belo Monte. As medidas mitigatórias e compensatórias são ilusórias, insignificantes ou existem somente no papel para justificar politicamente a violência contra essa região.
Com tantas transformações para pior que aconteceram por aqui, era de se esperar que, com o início das obras, as manifestações contrárias a ela aumentassem. Não. Ao contrário, elas cessaram quase que completamente. Há um desânimo generalizado dos que são contra, como se finalmente agora a barragem fosse realmente inevitável. Porém, gente contra não falta. Inclusive muita gente que defendia a obra já percebeu que não vai enriquecer e que a coisa toda foi uma grande furada. Mas cidade está totalmente dominada.
Apesar de certo desânimo para escrever, tenho que admitir que me sobram “ganchos” excelentes para começar um artigo para o Correio. Em janeiro, por exemplo, foi amplamente anunciada a construção de uma ensecadeira no rio Xingu (Construção de ensecadeira marca início das obras de Belo Monte no leito do Xingu). A ensecadeira é um barramento rústico, de pedras e terra, que cria um desvio no rio necessário para a construção da barragem. Fazê-lo em janeiro, no auge da época de elevação do nível do rio, e não na seca, quando isso seria obviamente mais fácil, foi uma operação ousada. O que não foi publicado em lugar nenhum é que o rio superou essa barreira e desapareceu para todo o sempre com uma série de caminhões e outras máquinas, levados pela corrente para o fundo do seu leito profundo. Ainda que pequena e momentânea, foi uma gloriosa vitória do rio Xingu. Que merecia ser divulgada e comemorada!

GENTE DA NOSSA TERRA: BAIANA DA COCADA

por Taiane de Cássia
Vandinei S. Nascimento  

O Jornal da Geografia inicia uma série de matérias mostrando as pessoas que ajudam a fazer a história de Altamira.
E para dar início a essa série fomos entrevistar uma simpática senhora que conquista a todos não somente  pela simpatia, mas também pela sua história de vida.
Natural de Vitória da Conquista na Bahia (mas altamirense de coração), Irene Ferreira Guerra veio para o Estado do Pará em 1977 com familiares, casou-se e teve quatro filhos em Altamira. Assim que chegou a cidade com a família, adquiriram uma chácara próxima ao KM 04 Altamira - Brasil Novo e começou a vender mangas na cidade, começando assim a conquistar amigos e clientes. Posteriormente, incrementou suas vendas com outras frutas e ervas. A famosa cocada da baiana só veio surgir em 1990, e a partir daí se dedicou exclusivamente a esse tipo de produção.
Com dons natos de comerciante conquistou muitos clientes e amigos em suas abordagens. Irene Guerra se orgulha de sua história de vida, ao proporcionar  a formação educacional de seus filhos e adquirir sua casa com o suor de seu trabalho, percorrendo as ruas da cidade com uma bacia na cabeça gritando “olha a cocada da baiana”.
Baiana como prefere ser chamada, diz que nos últimos anos suas vendas caíram muito. Quando indagada sobre se vai continuar com a atividade ela é enfática “gosto do que faço... A gente acostuma e é com meu trabalho que faço novas amizades todos os dias, e isso faz bem pra gente”. Além das cocadas, ela vende também bombons de amendoim torrado com calda de chocolate. Percorre diariamente o centro da cidade durante o meio dia, e a noite vai de mesa em mesa nos bares da orla de Altamira oferecendo suas cocadas e bombons.
Ela se emociona com as homenagens recebidas ao longo do tempo e guarda algumas lembranças que para ela são muito importantes. Até um poema já foi feito em sua homenagem, o qual exibe na parede de sua residência com orgulho.



A Baiana da Cocada

Olha a cocada da baiana!
Pelas ruas vai falando
Nas noites, na orla do Caís
O público cai conquistando.

Bacia solta na cabeça
é sua marca registrada
Todo mundo já conhece
A baiana da cocada.

Que, anda, corre, pula e brinca
Rodopiando a dançar
Faz a sua propaganda
Pois quer a vida ganhar.

Com a cocada ganha pão
Com elegância e simpatia
Esse encanto de pessoa
Faz da vida poesia.

Simboliza Altamira
Também a orla cais
Quem não conhece a baiana
Não conhece nada mais

As cocadas da Baiana
A Baiana das cocadas
Um docinho, Um encanto
Duas marcas registradas

Poema de: Francisco Cândido, 31 de agosto de 2007.


Se por acaso encontrar uma senhora com uma bacia na cabeça gritando “olha a cocada da baiana” “vamos negociar” fique certo de que se trata da dona Irene Guerra e fique a vontade para chama-la de Baiana.

UNIVERSIDADES FEDERAIS EM GREVE


por Luiz Fernando Roscoche

Depois de mais de 30 dias de paralização e a adesão de mais de 80% das Universidades Federais do Brasil o  movimento de greve se fortalece com a participação dos funcionários técnicos administrativos das universidades federais que aderiram a greve. No Campus de Altamira a adesão dos técnicos à greve se iniciou no dia 11 de junho. 
Mesmo diante de tamanha mobilização em nosso país e mídia brasileira resiste em divulgar esta e outras greves que estão acontecendo em território nacional.

Governo do PT diz que não negocia com trabalhadores em greve!
Segundo os sindicatos dos professores, o governo não cumpriu suas promessas e tem se negado a negociar com os manifestantes. No dia 31 de maio o governo teria prometido conversar com os grevistas, porém, a reunião foi cancelada. Segundo o Ministro da Educação Aloizio Mercadante o governo não negocia com trabalhadores “em greve”. De acordo com o governo, há prazo para que as negociações sobre a reestruturação da carreira, principal reivindicação dos docentes, seja concluída a tempo de ser incluída no Orçamento de 2013. No dia 19 de junho foi marcada outra reunião entre governo e grevistas, porém tal reunião foi cancelada como de costume. 
Segundo alguns grevistas o governo está tentando ganhar tempo para não lançar a proposta no orçamento para 2013.

Pauta Nacional de Greve
Os professores exigem uma carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Professores em protesto em Brasília (DF)
Os professores reclamam ainda da política de expansão das universidades federais feitas pelo governo através do programa Reuni. Segundo o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), a expansão teria sido feita as pressas e provocado com isso prejuízo para as condições de trabalho, com salas lotadas, excesso de disciplinas e de orientações na graduação e na pós-graduação, ausência de laboratórios e estrutura para pesquisa e extensão, e de uma política efetiva de assistência estudantil. Na opinião dos professores, tal situação de desvalorização do professor aliado a problemas infra-estruturais não impacta somente professores e funcionários, mas também os alunos, que acabam tendo prejuízos na qualidade da educação que recebem. 

A Greve em Altamira
Desde o dia 17/05 a os professores da Universidade Federal do Pará, Campus de Altamira estão em greve e já realizaram inúmeras atividades como reuniões manifestações públicas, reuniões, confecção de pauta de greve local, etc.
Entre as reivindicações do Campus de Altamira, os professores requerem abono de localidade, uma vez que com a instalação do empreendimento de Belo Monte houve um aumento significativo do custo de vida, fator esse que tem levado muitos técnicos e professores a pedirem transferência do Campus de Altamira. 
Na pauta de reinvindicações dos professores consta ainda a solicitação de insalubridade em relação a malária. Segundo a SESPA (2012), as áreas mais críticas de ocorrência de malária no Pará são o centro da Ilha do Marajó, tendo como referência o município de Anajás, o trecho da Transamazônica que vai de Tucuruí a Altamira e alguns municípios da região de Marabá.
Outra solicitação dos professores é a Seguro de Vida e Acidentes Pessoais em Atividades de Campo. Muitos professores realizam viagens para trabalhos de campo ou aulas práticas ou se deslocam a outros municípios para ministrar aulas. Outros professores trabalham com agrotóxicos, animais peçonhentos e, no entanto, não possuem nenhum tipo de seguro de vida ou de acidentes. Os professores dizem que somente os alunos possuem seguro para atividades de campo ou nos estágios, mas aos docentes e técnicos não existe nenhuma cobertura desse risco por parte da instituição.
Outra reinvindicação é a “Bolsa de Interiorização” que visaria conceder um auxilio financeiro diferenciado que incentive os professores que vem da capital ou de outras cidades para ministrar disciplinas em Altamira. Atualmente muitos professores oriundos de outros campis resistem em se deslocar para Altamira alegando que os valores das diárias não são suficientes para cobrir as despesas.
Com relação à infraestrutura do Campus de Altamira, os professores reivindicam um maior número de laboratório e salas de aula, prédios para os cursos de Letras e Pedagogia, além da ampliação e modernização da biblioteca. Segundo eles, o crescimento dos alunos tem sido superior a capacidade da infraestrutura física e humana existente atualmente no Campus. Outra preocupação é com a instalação de um muro em torno do Campus e um maior número de guaritas garantindo assim maior segurança a comunidade acadêmica e ao patrimônio da universidade.
A criação de uma escola de aplicação também está entre as solicitações dos professores. Segundo eles dois terços dos cursos existentes no Campus de Altamira são voltados para  licenciaturas.  Segundo a profa. Ivana de Oliveira “Uma escola de aplicação em Altamira irá contribuir de modo significativo não só para a melhoria na formação de nossos alunos de licenciatura, mas será ainda um centro de excelência para a educação básica nesta região”.
Também, dentre as reivindicações dos professores estão a criação de uma creche universitária que atenda os filhos de professores e técnicos e da comunidade do entorno do Campus, a exemplo do que acontece em outras instituições de ensino federal do pais. E finalmente, fechando a pauta de exigências dos professores está a contratação de mais professores e técnicos, pois segundo eles o aumento do número de alunos não foi proporcional ao aumento de número de professores e técnicos sobrecarregando assim os profissionais e prejudicando a qualidade do ensino.

UFPA TERÁ NOVOS CURSOS EM URUARÁ


 No dia 05 de junho de 2012, aconteceu em Uruará uma reunião para discutir a situação do núcleo da UFPA no município. O evento reuniu mais de 30 participantes, representes de diversas instituições do município e representantes da UFPA do Campus de Altamira.
Representantes do Campus de Altamira  em Uruará
O Campus da UFPA de Altamira, conta com um terreno cedido pela prefeitura de Uruará, mas que teria perdido o direito de concessão de uso pelo fato da instituição não se instalar fisicamente no terreno. O termo de cedência da prefeitura para a UFPA foi expirado varias vezes, com isso o campus solicitou uma representação do termo de cedência para que a Universidade possa se instalar no local doado pela prefeitura.
A partir dessa representação do termo de cedência e da        regularização, a Universidade ira entrar com os procedimentos necessários para a criação definitivamente do núcleo em Uruará. Após a representação do termo de cedência e a regularização, a UFPA ira juntamente com seus Engenheiros criar a planta baixa básica do núcleo, contendo secretaria, administração e algumas salas de aula.  Após essa criação, a planta baixa básica do núcleo será apresentada para órgãos ou instituições para que possam financiar o projeto de instalação do núcleo na cidade definitivamente.
Além da regularização do terreno e da criação da planta baixa do núcleo , foi discutida a proposta de implantação dos cursos de física, química e matemática no município e foi demonstrado o interesse de levar outros cursos como: de Engenharia. Florestal e Geografia para o município. Como encaminhamento definiu-se na reunião que será criada uma comissão para avaliar a demanda para os referidos cursos. A partir dessa reunião foi decidido que o Instituto La Salle ira disponibilizar algumas salas para funcionar a Geografia e a Engenharia florestal, isso se for comprovada a demanda de pessoas interessadas para os cursos.

terça-feira, 26 de junho de 2012

ÍNDIOS OCUPAM BARRAGEM DE BELO MONTE

ÍNDIOS OCUPAM BARRAGEM DE BELO MONTE
 
Desde o dia 21/06, os índios ocupam um terreno de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O ocupação foi uma revolta, que segundo eles está ligado ao não cumprimento das condicionanates, em especial aquelas ligadas aos povos indígenas.
Segundo informações repassadas, a ocupação índigenas não conta com nenhuma participação de OGNs, organizando-se portanto de maneira autonoma e com recursos próprios. Eles exigem a presença de representantes do governo e da Norte Energia.
Os indios ocupam a ensecadeira (espécie de tapume que permite que permite que as obras ejam realizadas em terrenos mais seco). Em evento recente participantes do Xingu +23, ocuparam a ensecadeira e cavaram um canal que permitiu que o Rio Xingu seguisse seu curso, garantindo assim (de maneira simbólica) que o Rio Xingu voltasse a correr livremente.
No dia 25 índios Xikrin daTerra Indígena Trincheira-Bacajá e Juruna do Paquiçamba chegaram à ensecadeira por rio. As terras desses indigenas fica a jusanta, ou seja, abaixo da barragem e segundo o relatório de Impacto Ambiental do empreendimento, essa região que sofrerá com a seca e inclusive rebaixamento dos lençois freáticos. A região é denominada pelo empreedimento como "Vazão Reduzida"do Xingu.
Outros índios deve chegar por terra e por água nos próximos dias para adensar o movimento. Segundo os índigenas "são esperados os Arara da Volta Grande do Xingu e representantes de todas as Terras Indígenas na região, vindos dos rios Iriri e do Xingu, a montante de Altamira, além dos citadinos". No dia 26 é esperada a chegada de lideranças da tribo Parakanã.
Os ínidios como grande parta dos moradores da região reclamam que as condicionantes não estão sendo cumpridas. Nem as condicionantes que afetam a todos como a falta de serviços de saúde e educação e no saneamento básico que estão cada vez mais sobrecarregados com o aumento populacional. "Os povos indígenas preocupam-se com a demora na implantação do Plano Básico Ambiental – componente indígena (PBA), que deveria estabelecer e efetivar os programas de compensação e mitigação dos impactos já sentidos na região pelos indígenas; com a demora na entrega aos Xikrin dos Estudos Complementares do Rio Bacajá, que por ora apenas foram apresentados nas aldeias, e que permitiria um melhor dimensionamento dos impactos neste rio e para os Xikrin, e garantia da definição de programas de compensação e mitigação destes impactos, em especial pela seca que prevêm que seu rio sofrerá com a construção do empreendimento".
Os indigenas alegam ainda desconhecimento do PBA, e por essa razão pedem mais informações para que todos possa entender. Reclama ainda da demora em definir a situação fundiária das Terras Indígenas Terra Wangã, Paquiçamba, Juruna do Km 17 e da Cachoeira Seca.
Os índigenas dizem que por não possuirem informações suficientes sobre como será realizado o sistema de transposição da barragem, estes temem que fiquem isolados de Altamira, cidade da qual dependem, para serviços como saúde, educação, escritórios da FUNAI, etc. OUtra reclamação se dá em razão da suposta não autorização das autoridades competentes em contruirem estradas como alternativa ao transporte fluvial atualmente utilizado pelos indígenas e que será dificultado pela transposição da barragem e pela seca (vazão reduzida) do leito do rio. A falta de investimentos anterioremente as obras é outra reinvindicação dos indigenas, como por exemplo, garantir a captação de água potável nas aldeias da Volta Grande do Xingu, nas quais a água do rio, até então consumida pela população, já está barrenta e insalubre devido à construção."



segunda-feira, 25 de junho de 2012

É HOJE O II ENCONTRO DE GEOGRAFIA DO SUDOESTE DO PARÁ: PARTICIPEM



Programação

SEGUNDA-FEIRA -25/06/2012

 

Manhã (8:00 às 12:00)

Credenciamento

 

Tarde (14:30 às 18:00)

Apresentação de Trabalhos

 

Noite (19:00 às 22:00)

Mesa de Abertura

    Conferência de abertura: Território e Desenvolvimento na Amazônia: desafios teóricos e novas perspectivas de estudo

 

 Dr. Edson Vicente da Silva - UFC


Local: Auditório da ACIAPA



TERÇA-FEIRA - 26/06/2012

 

Manhã (8:00 Às 12:00)

Mesa de Debate I - Tendências e desafios da produção familiar na Amazônia

Mediador: Me. Paulo Amorim da Silva – IFT-Xingu 

Integrantes da mesa:

    Dr. Pedro Ramos - IE/UNICAMP 

    Dr. João Nahum - PPGEO/UFPA/Campus do Guamá

    Me. Marcelo Salazar – ISA-Xingu


Local: Auditório da ACIAPA


Tarde (14:30 às 18:00): Apresentação de Trabalhos

Local: Bloco de Salas de Aula Letras - Campus I

 

Noite  (19:00 às 22:00)

Palestras: Planejamento e Gestão Ambiental: caminhos para sustentabilidade na Amazônia

    Dr. Edson Vicente da Silva - UFC

    Dr. Yarnel Campos FacGeo - Campus de Altamira

Local: Auditório da ACIAPA


QUARTA -FEIRA - 27/06/2012

 

 

Manhã (8:30 às 12:00)

Mesa de Debate III - Movimentos migratórios e dinâmica urbana em áreas de projetos hidrelétricos

Mediador: Me. Daniel Mallmann Valerius

Integrantes da mesa:

Dr. Gilberto Rocha – NUMA/UFPA

   Dr. Roberto Luiz do Carmo - NEPO/UNICAMP


  Dr. Marcio Douglas - FCG/UFPA

    Me. José Queiroz de Miranda Neto –FacGeo/Campus de Altamira

Local: Auditório da ACIAPA

 

Tarde (14:30 às 18:00): Minicursos

Local: Bloco de Salas de Aula Letras - Campus I

 

Noite  (19:30 às 22:00)

Palestra: Desafios e possibilidades da Geografia escolar na atualidade                      

Dr. Ivaine Maria Tonini - UFRGS

Dr. Genylton Odilom Rego da Rocha

 

QUINTA-FEIRA- 28/06/2012

 

Manhã (8:30 às 12:00)

Mesa de Debate II - Desflorestamento e transformações socioambientais na Amazônia brasileira

Mediador: Me. Luciana Martins Freire – FacGeo/Campus de Altamira 
Integrantes da mesa:
    Me. Eder Mileno Silva de Paula – FacGeo/Campus de Altamira
    Dr. Marco Aurélio Lentini – IFT-Belém
    Doutorando Maurício Torres - USP
Local: Auditório da ACIAPA

 

Tarde (14:30 às 18:00): Minicursos

Local: Bloco de Salas de Aula Letras - Campus I

 

Noite  (19:30 às 22:00)

Palestra: Politicas públicas e desenvolvimento regional                                               

Dr. Eduardo José Monteiro da Costa - PPGE/UFPA

Dra. Maria Goretti da Costa Tavares

Local: Auditório da UFPA

 

SEXTA-FEIRA- 29/06/2012

 

Manhã (8:30 às 12:00)

Mesa de Debate IV - Histórias e memórias de Altamira antiga

Mediadora: Dra. Elizabete de Lemos Vidal - ILC/FALE/Campus do Guamá

Integrantes da mesa:

Antonio Ubirajara Bogea Umbuzeiro – Escritor

    Dra. Maria Ivonete Coutinho – UFPA/Campus de Altamira

    Me.  Fernando Jorge S. Farias - FALE/Campus de Altamira

 

Tarde (14:30 às 18:00): Minicursos

Local: Bloco de Salas de Aula Letras - Campus I

 

Noite (A partir das 19:00)

Conferência de Encerramento: Desenvolvimento e transformações socioambientais - alguns questionamentos

    Prof. Dr. Nelson Rego (Presidente nacional da Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB - e professor da UFRGS) 

   Mesa de encerramento


OPÇÕES DE MINI-CURSOS

 

1) A onda global de ocupações de praças públicas em 2011 e 2012: uma leitura geográfica 

Me. Rafael Zilio – NUPED/UFRJ
2) Licenciamento ambiental em bacias hidrográficas 
Me. Abraão Levi dos Santos Mascarenhas - Faculdade de Geografia/Campus de Marabá/UFPA
3) Ensino de Geografia através da imagem
Profª Dra. Ivaine Maria Tonini - PPGEA/ UFRGS
Mestranda Paola Gomes Pereira - PPGEA/ UFRGS
4) Geoecologia da paisagem como instrumento para o planejamento ambiental.
Dr. Edson Vicente da Silva - UFC
5) Tecnologias aplicadas no planejamento de políticas públicas
Dr. Fabrício Corradini - Faculdade de Geografia/Campus de Marabá/UFPA.
Me. Marcus Vinicius Mariano de Souza - Faculdade de Geografia/Campus de Marabá/UFPA
6) Memórias: compreensões e práticas. 
Dra. Elizabete Vidal - ILC/FALE/Campus do Guamá            
Me. Fernando Farias - FALE/Campus de Altamira/UFPA
7) Recuperação e revegetação de solos degradados 
Dra. Raírys C. Herrera - Faculdade de Ciências Biológicas / Campus de Altamira               
Me. Jaime Barros dos Santos Junior - Faculdade de Eng. Florestal / Campus de Altamira
8) Elaboração de roteiros geoturísticos
Dra. Maria Goretti da Costa Tavares - PPGEO/UFPA
Me. José Carlos da Silva Cordovil - FACGEO/Campus de Altamira
Mestranda Alessandra Lobato - PPGEO/UFPA


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sábado, 23 de junho de 2012

CAMINHÃO ARREBENTA FIOS E QUASE DERRUBA POSTE DE ENERGIA EM FRENTE A UFPA


por Luiz Fernando Roscoche

Caminhão responsável pelos danos na Rua Senador José Porfirio  
No dia 21/06 por volta das 16 horas um caminhão (de João Pessoa na Paraíba, Placas BHJ - 9821 e carroceria de Mossoró - Rio Grande do Norte - MYL 2809) , que carregava em sua carroceria uma escavadeira mecânica, em transito pela rua Coronel José Porfirio, arrebentou fios de luz, telefone e internet, deixando toda a região sem luz e comunicação. O acidente ocorreu em frente ao Campus I da Universidade Federal do Pará e além de arrebentar a fiação, destruiu um dos postes de energia e ainda quebrou uma das árvores que ficava no meio do canteiro que divide as duas pistas. 
Após cerca de 30 minutos, agentes do DEMUTRAN apareceram para isolar o local e organizar. Antes da chegada do órgão, pessoas transitavam em meio a fios de luz arrebentados e veículos passavam embaixo do poste de energia em eminencia de desabamento desconsiderando o risco que corriam.  
Poste danificado no acidente.
Enquanto  os órgãos de transito não chegam ao local
veículos e pessoas trafegam entre  fios de luz e
embaixo do poste que corria risco de desabar. 
A energia dos Campi da UFPA foi reestabelecida ainda na noite do dia 21 após realização do trabalho da Rede Celpa com a instalação de um novo poste, visto que o anterior apresentava risco de queda. Segundo o Analista em Tecnologia da Informação da UFPA, Igor B. Loureiro  somente no dia 22 é que foi reestabelecida a Internet do Campus II e o serviço de telefonia do Campus I. A internet do Campus I e a telefonia do Campus II foram reestabelecidas somente 14 horas após realização do trabalho da Embratel”.
Devido ao acidente, muitos empreendimentos na Rua Coronel José Porfirio paralizaram suas atividades em função da falta de luz, telefone e internet, amargando com isso muitos prejuízos.  Os moradores de entorno também sofreram com a falta desses serviços.
Somado aos prejuízos das pessoas físicas há de se considerar os múltiplos órgãos ligados ao setor de transito, energia e telecomunicações que tiveram que se mobilizar para reestabelecer esses serviços.
Árvore que oferecia sombra aos usuários do local
é danificada
Devemos lembrar que este não é o primeiro acidente dessa natureza que acontece no centro da cidade. A imprudência, imperícia e a notória falta de bom senso de alguns motoristas têm gerado prejuízos crescentes ao patrimônio público e privado além de colocar em risco a vida de dezenas de cidadãos. 
Tal fato levanta a problemática da falta de qualificação e preparo de muitos motoristas que trafegam pela cidade. 
Por outro lado, suscita ainda a falta de normatização e de fiscalização pelos órgãos responsáveis pelo transito no município que parece agir de maneira paleativa frente aos transtornos provocados pelos veículos pesados em pleno centro da cidade, agravando com isso os problemas do já caótico sistema de transito de Altamira. 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

MST INVADE ALPA


Por Taiane de Cássia 


No ultimo dia 20 de junho de 12 pela manhã o (MST) Movimento dos trabalhadores sem terra invadem á ALPA - Aços Laminados do Pará. A ALPA é uma siderúrgica para produção de aço a ser construída pela Vale S.A no município de Marabá, para entrar em fase de produção no ano de 2013, que já conta com a Licença Prévia de Instalação concedida pelo governo do Estado, em cerimônia realizada em 31 de março de 2010. A Siderúrgica Será instalada na área da fase III do Distrito Industrial de Marabá, Km 11, rodovia Transamazônica no sentido de Itupiranga. A área foi adquirida pelo governo do Estado através de desapropriação, com o tamanho de 1.035 há, sendo que a planta industrial ocupará 253,71 há. A estimativa é de produzir 2,5 milhões de toneladas/ano de placas de aço e laminados a quente, que na sua grande maioria será destinada à exportação.
fonte:  http://www.mst.org.br   
As estruturas a serem implantadas pela empresa são: planta industrial; acesso ferroviário ligando a área industrial à Estrada de Ferro Carajás; terminal fluvial às margens do rio Tocantins; linha de transmissão de energia elétrica; estruturas de apoio associadas. O investimento previsto pela empresa, para esta estrutura, é da ordem de 3,7 bilhões de dólares, sendo 45% empregados em equipamentos e 55% em serviços.

Dezenas de famílias foram desapropriadas da área onde será construída a siderúrgica. Às famílias de sete (7) Projetos de Assentamentos criados pelo INCRA (Belo Vale, Palmeiras Jussara, Santa Rita, Burgo, Boa Esperança do Burgo, Grande Vitória, Alegria) que ficarão no entorno da área em que à siderúrgica irá ser construída. O movimento ainda reivindica outros impactos ambientais, como: Poluição das águas superficiais e subterrâneas, Passagem de estradas e linhas de transmissão de energia pelas propriedades das famílias, Ameaça de desapropriação das áreas dos agricultores, como já esta acontecendo com 42 famílias do PA Belo Vale.  O protesto faz parte da chamada “Ação Global”, realizada em várias partes do país contra o controle dos recursos naturais por empresas transnacionais.  

FESTA JUNINA UFPA


 D.A juntamente com os centros acadêmicos estarão realizando a festa junina da UFPA que acontecerá no dia 29 de junho a partir das 20 horas na quadra do campus I. Haverá apresentações pelos estudantes de todos os cursos, barracas com comidas típicas e brincadeiras.

E Para animar à festa o DJ Marcelo.






quarta-feira, 20 de junho de 2012

MOTORISTA FRATURA PERNA EM ACIDENTE DE MOTO



Por Vandinei S. Nascimento  


Por volta das 16:30 de hoje um motociclista que subia a travessa agrário Cavalcante rumo ao centro da cidade se chocou com um carro modelo gol que percorria a rua Otaviano Santos, o motociclista teve a perna fraturada e o motorista do veiculo  não sofreu ferimentos. O atendimento demorou cerca de 30 minutos para chegar ao local. O carro envolvido no acidente teve a parte da frente danificada.
Moradores reclamam que acidentes naquele cruzamento são frequentes e dizem que os condutores devem redobrar a atenção ao passar pelo local, visto que há grande circulação de crianças que estudam numa escola próxima. Os moradores alertam que os condutores que percorrem a Rua Otaviano Santos tem a preferência, porém os que sobem a travessa Agrário Cavalcante não respeitam a placa de sinalização pare no local.