por: Jacylene Barbosa Souza
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O município de Altamira apresenta um longo histórico de casos de violência, seja resultante de disputas por terra, em razão de atividades comerciais e mesmo de crimes mais passionais, ligados ao cotidiano de seus habitantes. No entanto, com a instalação da obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, verifica-se um aumento significativo dos casos de violência. Segundo o portal do BNDES, a taxa de criminalidade subiu 28% de 2010 para 2011. A tendência, ao que tudo indica, segundo autoridades policiais e segundo a própria percepção da população de Altamira, é de que esses números aumentem ainda mais com o crescente fluxo de pessoas que chegam à cidade. Somado a esses fatores locais temos uma conjuntura nacional, onde se criam leis que favorecem bandidos e a própria prática de crimes, como a Lei 12.463/2011 que estabelece fiança para alguns delitos.
Segundo o delegado Sr (o) Carlos Augusto Lettieri, a criminalidade de Altamira vem de longa data, mas constata que o aumento do contingente populacional faz aumentar proporcionalmente a criminalidade. Ele considera que “a implantação da UHE Belo Monte venha a contribuir com o aumento da violência”. O delegado analisa que, a obra da UHB atrairá pessoas de todos os lugares em busca de um emprego, mas que em contrapartida, a cidade “não tem suporte educacional, cultural e infra-estrutural para abrigar tantas pessoas”. Avalia ainda que grande parte desse inchaço populacional, será composto por pessoas com uma qualificação não muito elevada, desempregada e que “não terá alternativa de moradia, renda, educação e lazer, o que pode ser conseqüência para crescimento da violência”.
Ainda segundo o delegado Carlos Augusto Lettieri, os registros de ocorrências que mais tem aumentado em Altamira “são de ameaças, furto, roubo e violência contra mulher”, destacando-se dentre esses as ameaças.
Quando questionado sobre a nova Lei 12463/2011, que dificulta prisão preventiva e estabelece fiança, o delegado diz considerar que esta é, em sua opinião, uma continuidade da Lei 9.099. “Em minha opinião essa nova lei contribui para o aumento da impunidade, pois as pessoas que cometem crimes e são pegas em flagrante não podem mais ser presas imediato. Essas pessoas vão até a delegacia para preencher uma ficha e depois são liberadas outras comentem pequenos delitos e através do pagamento de fiança são liberadas”. O delegado complementa sua analise considerando que a nova lei tem como uma de suas funções, esvaziarem os presídios, hoje superlotados. O delegado diz ser contra a nova lei pois considera que ao invés de diminuir a violência, faz ela aumentar. “Em minha opinião isso é mais uma forma das autoridades adquirirem dinheiro, pois se uma pessoa mata outra o dinheiro que resolve isso é um incentivo para o crime. O país estar precisando é de mais policiais para proteger a população”.
A VOZ DO POVO
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Sobre a Lei 12463/2011, o entrevistado diz ser contra, pois considera que ao invés de diminuir a violência ela aumenta a violência. “Em minha opinião isso é mais uma forma das autoridades adquirirem dinheiro, pois se uma pessoa mata outra, pode ser liberada mediante o pagamento de fiança, sendo assim um incentivo para o crime. O país esta precisando é de mais policiais para proteger a população”, finaliza Miguel.
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Quando questionada sobre a Lei, a entrevistada diz ser “totalmente contra”. Segundo ela, aquelas pessoas que cometem os delitos muitas vezes pagam a fiança com o próprio dinheiro oriundo desses delitos como o roubo.
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