Arnoldo Monteiro Bach e Luiz Fernando Roscoche |
por Luiz Fernando Roscoche
Na ocasião o escritor, radialista e professor Arnoldo Monteiro Bach falou sobre o entrelaçamento de seus vários livros e especialmente de sua obra (com mais de mil páginas) recém lançada, intitulada Colônia Cecília. Arnoldo é autor de vários livros como: Carroções; Alemães do Volga no Pugas; Contos Fantáticos, Carroções: Outras Histórias; Porcadeiros; Vapores e outros.
O evento contou com mais de 50 participantes, entre eles professores, pesquisadores, jornalistas, descendentes dos italianos anarquista, além de entusiastas da temática.
Livro Colônia Cecília |
Profa. Dra. Helena Isabel Mueller |
O evento também contou com uma exposição da profa. Dra. Helena Isabel Mueller do departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que falou sobre o movimento anarquista no mundo e em especial sobre a Colônia Cecília. A profa. que realizou o mestrado em História na University of Pittsburgh, também trabalhou a temática do anaquismo em sua tese de doutorado defendida na USP em 1990 com o título: FLORES AOS REBELDES QUE FALHARAM. Giovanni Rossi e a utopia anarquista: Colônia Cecília.
Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o memorial da Colónia Cecília. Neste local, realizou-se um debate sobre a experiência anarquista ocorrida em Palmeira e sua constribuição e influencia em outras esferas da sociedade. Outros espaços culturais também foram visitados pelos participantes.
O ESPAÇO CULTUIRAL SÍTIO MINGUINHO
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Bodega do Sítio MInguinho (foto: Gazeta do Povo) |
O sítio Minguinho conta com uma casa típica dos imigrantes alemães do Volga. Residencia esta toda ornamentada com utensilios da época. Outro espaço é uma réplica da Escola Pública de Pugas, também com mapas e bancos escolares utilizados na época pelos imigrantes.
Segundo o jornal Gazeta do Povo "uma das atrações mais apreciadas durante as visitas é a bodega, que
pertencia a Bárbara e José Cardoso Monteiro, ambos alemães de Pugas". Nesse local os visitantes encontram desde utensílios domesticos, remédios, ferramentas e outros objetos comercializados na época nesses locais.
Um dos pontos intessantes do Sítio Minguinho é o resgate da história de personagens quase anonimos para história oficial, mas que são grandes personagens na história local. Outro exemplo disso é a réplica da selaria de Hugo Krambeck, hoje com 85 anos e aposentado do oficio. É possível encontrar no local várias fôrmas de sapato, martelos e outros utensilios utilizados para o oficio.
Na ferraria reconstituida por Arnoldo é possível encontrar além dos utensilios utilizados pelo ferreiros, também alguns produtos de seu trabalho como um carroção, emplacado em
1932, que servia para transportar erva-mate, produto da economia dos
alemães. Na ferraria Arnoldo explica como eram construídos os carroções e como
estes contribuíram para o desenvolvimento econômico da região. De
acordo com ele, os carroções começaram a serem utilizados no Paraná em
1880 e até meados de 40 ainda serviam para fazer o transporte de
mercadorias.
Outro espaço lembra o oficio dos barbeiros, mais especificamente de Paulo Bach, que trabalhou entre 1948 e 2000. "O salão é uma das réplicas
mais fidedignas do comércio que existia na colônia. Arnoldo era primo de
Paulo e, por isso, conseguiu resgatar todas as peças, inclusive as duas
poltronas do salão – o peso delas não deixa mentir, o pé é mesmo feito
de ferro". (Gazeta do Povo).
No local ainda exite um barbaquá, complexo utilizado para moagem e secagem da erva-mate e também partes de um moinho de cereais.
O Espaço Cultural Sítio Minguinho é considerado um dos espaços mais ricos e bem organizados na região dos Campos Gerais, recebendo milhares de visitantes anulamente, inclusive estrangeiros.
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