por Marcelo Salazar
Instituto Socio-Ambiuental
Instituto Socio-Ambiuental
Hoje teve início um novo movimento indígena em torno de direitos não
atendidos e respostas não fornecidas pelo Consórcio Norte Energia
(NESA). Após primeira, de 4 reuniões programadas para discussão do
mecanismo de transposição da Barragem principal da AHE Belo Monte, os
cerca de 90 indígenas das TIs Paquiçamba e Arara da Volta Grande
prenderam um grupo de funcionários da Norte Energia, entre eles um
engenheiro, Othon, da equipe de
planejamento do mecanismo de transposição de uma empresa sub-contratada,
ligado a diretoria de contrução da Norte Energia, Carlos Eduardo da gerência Indígena da Norte Energia de Brasilia e Rafael da
empresa Leme Engenharia, também sub-contratada da NESA. Estão também na
Aldeia 3 servidores da FUNAI que não estão detidos mas permaneceram no
local voluntariamente para acompanhar as negociações. A equipe chegou
ontem e fez uma reunião com os indígenas e hoje de manha anunciaram a
prisão.
Eles não poderão sair da Aldeia até que todas as condições sejam cumpridas. Acompanharam as reuniões as novas procuradoras do MPF, Dra. Thais e Dra. Neliza que já retornaram a Altamira junto com a Coordenadora regional da FUNAI, Estela, que chegaram a Altamira hoje as 16hs. Iriam acontecer 4 reuniões nas aldeias: Moratu, Bacajá, Pukaiako e na Ilha da Fazenda. Só ocorreu na Aldeia Moratu, todas as outras foram suspensas.
Eles não poderão sair da Aldeia até que todas as condições sejam cumpridas. Acompanharam as reuniões as novas procuradoras do MPF, Dra. Thais e Dra. Neliza que já retornaram a Altamira junto com a Coordenadora regional da FUNAI, Estela, que chegaram a Altamira hoje as 16hs. Iriam acontecer 4 reuniões nas aldeias: Moratu, Bacajá, Pukaiako e na Ilha da Fazenda. Só ocorreu na Aldeia Moratu, todas as outras foram suspensas.
Segundo Marcelo Salazar na pauta indigena estão a supensão das reuniões sobre o
mecanismo de transposição, pois a reunião não esclareceu e não deu
resposta para nada. Exigem que devem ir para a aldeia pessoas que possam
dar as respostas sobre como ficará a navegação. Um segundo ponto seria a reinvindicação do compromisso do IBAMA, da
FUNAI e da Norte Energia de que a obra no rio (ensecadeira 2a fase) não
será continuada enquanto não houver clareza e segurança sobre a
transposição, enquanto não forem concluídas as estradas e enquanto não
forem cumpridas as condionantes que estão pendentes. O terceiro ponto da pauta indigenas seria a
reabertura das negociações
com a Norte Energia acerca das propostas colocadas pelas aldeias da
Volta Grande na reunião com o seu presidente, Carlos Nascimento sobre a
desocupação do canteiro. (Indígenas disseram não ter aceitado as
propostas da Norte Energia, mas Nascimento pediu um "voto de confiança"
para desocuparem o canteiro do Sitio Pimental e se comprometeu a
retornar a Altamira no dia 16 para retomar as negociações. Porém, o
mesmo não teria comparecido para realizar as negociações. Os índios teriam redigido uma carta, da qual receberam respostas as quais condieram não satisfatória.
Os indigenas querem ainda a conclusão do sistema de
abastecimento de água nas aldeias dessas TIs. (Pois essas aldeias não teriam poço, fato que leva os mesmo a utilizarem água do rio, considerada por eles de má qualidade. Marcelo Salazar explica que quando começou a intervenção no Xingu em
janeiro de 2012, os índios denunciaram ao MPF que a qualidade da água
estava afetada, foi feita uma vistoria em fev/12 e a Norte Energia
assumiu o compromisso de fazer já o sistema de abastacimento de água
para as Aldeias - perfuração de poços, caixa d'agua, encanamento, etc.
Segundo informações dos indigenas, a obra era para ser concluido em 90 dias, porém, atualmente está pela
metade. Os poços teriam sido perfurados mas o sistema não está implantado até
o momento. E finalmente os indios requerem a definição sobre a ampliação/revisão da TI Paquiçamba.
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