por Taiane de Cássia
Vandinei S. Nascimento
O Jornal da Geografia inicia uma série de
matérias mostrando as pessoas que ajudam a fazer a história de Altamira.
E para dar início a essa série fomos
entrevistar uma simpática senhora que conquista a todos não somente pela simpatia, mas também pela sua história
de vida.
Natural de Vitória da Conquista na Bahia (mas
altamirense de coração), Irene Ferreira Guerra veio para o Estado do Pará em
1977 com familiares, casou-se e teve quatro filhos em Altamira. Assim que
chegou a cidade com a família, adquiriram uma chácara próxima ao KM 04 Altamira
- Brasil Novo e começou a vender mangas na cidade, começando assim a conquistar
amigos e clientes. Posteriormente, incrementou suas vendas com outras frutas e
ervas. A famosa cocada da baiana só veio surgir em 1990, e a partir daí se
dedicou exclusivamente a esse tipo de produção.
Com dons natos de comerciante conquistou
muitos clientes e amigos em suas abordagens. Irene Guerra se orgulha de sua
história de vida, ao proporcionar a
formação educacional de seus filhos e adquirir sua casa com o suor de seu
trabalho, percorrendo as ruas da cidade com uma bacia na cabeça gritando “olha
a cocada da baiana”.
Baiana como prefere ser chamada, diz que nos
últimos anos suas vendas caíram muito. Quando indagada sobre se vai continuar
com a atividade ela é enfática “gosto do que faço... A gente acostuma e é com
meu trabalho que faço novas amizades todos os dias, e isso faz bem pra gente”.
Além das cocadas, ela vende também bombons de amendoim torrado com calda de
chocolate. Percorre diariamente o centro da cidade durante o meio dia, e a noite
vai de mesa em mesa nos bares da orla de Altamira oferecendo suas cocadas e
bombons.
Ela se emociona com as homenagens recebidas
ao longo do tempo e guarda algumas lembranças que para ela são muito
importantes. Até um poema já foi feito em sua homenagem, o qual exibe na parede
de sua residência com orgulho.
A
Baiana da Cocada
Olha
a cocada da baiana!
Pelas
ruas vai falando
Nas
noites, na orla do Caís
O
público cai conquistando.
Bacia
solta na cabeça
é
sua marca registrada
Todo
mundo já conhece
A
baiana da cocada.
Que,
anda, corre, pula e brinca
Rodopiando
a dançar
Faz
a sua propaganda
Pois
quer a vida ganhar.
Com
a cocada ganha pão
Com
elegância e simpatia
Esse
encanto de pessoa
Faz
da vida poesia.
Simboliza
Altamira
Também
a orla cais
Quem
não conhece a baiana
Não
conhece nada mais
As
cocadas da Baiana
A
Baiana das cocadas
Um
docinho, Um encanto
Duas
marcas registradas
Poema
de: Francisco Cândido, 31 de agosto de 2007.
Se por acaso encontrar uma senhora com uma
bacia na cabeça gritando “olha a cocada da baiana” “vamos negociar” fique certo
de que se trata da dona Irene Guerra e fique a vontade para chama-la de Baiana.
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