Entre os dias 13 e 16 de junho de 2012, foi
realizado o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu. O evento tinha como
objetivo reunir a sociedade para discutir e lutar contra os planos do governo
de construir hidrelétricas ao longo do Rio Xingu e Tapajós. O evento ocorreu no
mesmo mês que acontece a Rio +20 (A Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (UNCSD) acorrida entre os dias 20 a 22 de junho na
cidade do Rio de Janeiro) reunindo os lideres mundiais para discutir um novo
modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo.
Foto aérea dos manifestantes formando a frase ‘’Pare Belo Monte’’ |
O encontro ocorreu na comunidade Santo
Antônio a 50 km de Altamira. Estiveram presentes no ato cerca de 300 pessoas,
entre ribeirinhos, pescadores da região e indígenas das tribos Juruna, Xipaia,
Munduruku e Kayapó dos rios Teles Pires e Tapajós e Tembe da região de Belém,
além da participação de ativistas de vários estados do Brasil e de outros
países, como da Turquia, Israel, Áustria, Bélgica, Canadá e EUA. Também
compareceram ao evento integrantes da comunidade que outrora lá residiam,
movimentos sociais, representantes de organizações não governamentais e da
comunidade acadêmica.
Durante os quatros dias do evento foram
discutido os desafios e a as ações dos atingidos por barragens e desabafos de
pessoas que sofrem com o empreendimento de Belo Monte. O evento fortaleceu as
discussões sobre o Empreendimento e “deu voz” as pessoas que estão sendo
afetadas pela construção da hidroelétrica para que expusessem o seu clamor e
suas reivindicações.
Das 70 famílias que na Vila Santo Antônio
residiam restam apenas dez, isso devido às desapropriações compulsórias de seus
moradores. Por consequência da construção da ensecadeira, matas que protegem as
margens do rio são arrancadas sobrando apenas uma grande área nua de terra no
rio.
Diante disto, os pescadores, ribeirinhos e
movimentos sociais, promoveram uma audiência pública realizada na Universidade
Federal do Pará com a Norte Energia, sendo que esta última não compareceu.
No dia 15 de junho, foi realizada em Altamira
por moradores da cidade uma marcha em protesto ao empreendimento. O encontro
encerou-se no dia 16 após uma caminhada pela Transamazônica.
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