quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O BELO MONTE DE OURO NA VOLTA GRANDE DO XINGU


Como se já não bastassem os impactos ambientais da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte a Volta Grande do Xingu outro mega projeto de extração de ouro ameaça a  vida de ribeirinhos, indígenas e de toda flora e fauna amazônica. Segundo Telma Monteiro, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte viabiliza através do fornecimento de energia a instalação do  mega empreendimento de mineração.   
O local de extração do ouro será na volta grande do Xingu, área diretamente impactada pela construção da Hidrelétrica uma vez que nesse trecho do Rio onde terá a vazão reduzida. Nesse trecho encontram-se duas terras indígenas e centenas de famílias de ribeirinhos que poderão sofrer diretamente os impactos das duas grandes obras. Se Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do mundo a área de mineração de ouro em questão será a maior do Brasil.
BRASIL COLÔNIA – EMPRESA CANADENSE LEVANDO O OURO BRASILEIRO 
O projeto que é da Empresa Belo Sun Mineração, subsidiária brasileira da Belo Sun Mining Corporation, empresa canadense pertencente ao grupo Forbes & Manhattan Inc., banco mercantil de capital privado que desenvolve projetos de mineração em todo o mundo.
AUDIÊNCIA PÚBLICA?
A primeira “audiência pública”, iniciou de maneira sorrateira no dia 13 de setembro de 2012, muito embora a procuradora do Ministério Público Federal no Pará Thais Santi, presente no evento, não tenha reconhecido tal evento como uma audiência, dizendo não reconhecer a legitimidade do mesmo e afirmando que estaria disposta a “brigar” para levar esse licenciamento para a esfera federal. 
50 TONELADAS DE OURO
A expectativa de inicio das obras, segundo a empresa  é 2013 e o início da extração do outro em 2015. O direito de concessão da empresa é de 12 anos, que espera retirar mais de 50 toneladas de ouro no período. Segundo a empresa Belo Sun Mining, o potencial de produção de ouro na Volta Grande do Xingu é de 4.684 quilos de ouro por ano. Segundo o site Valor Econômico tal produção pode gerar um faturamento anual de R$ 538,6 milhões.
IMPACTOS FÍSICOS E QUIMICOS
Segundo reportagem realizada pelo Instituto Socioambiental (ISA), a mineradora desconsidera os impactos cumulativos que a barragem e da mineração irão causar. Segundo o ISA nem mesmo os técnicos do IBAMA tem real dimensão do impacto que a usina trará para a qualidade da água e soma-se a isso a possível possíveis contaminações por rejeitos tóxicos da mineração que ficaram estocados em barragens próximas ao Rio Xingu. De acordo com o projeto de extração de outro da empresa, esta deve usar uma substancia química conhecida como cianeto que tem como objetivo separar o ouro das rochas. Segundo especialistas a  substância é reconhecidamente perigosa.
EXPLOSÕES PRÓXIMAS A BARRAGEM
O empreendimento pode gerar outros problemas de segurança. Segundo um funcionário da Eletrobrás presente na audiência pública, “a mineração lida com explosivos e eles geram abalos sísmicos e abalos sísmicos podem ter influência no barramento gigantesco que é Belo Monte”.
OS IMPACTOS SOBRE AS COMUNIDADES TRADICIONAIS
O empreendimento se instalará a menos de 20 quilômetros da barragem e 16 quilômetros das terras indígenas dos Arara da Volta Grande da  Paquiçamba, do povo Juruna. As duas terras indígenas fazem fronteira com o empreendimento porém é mencionada como área de influência indireta do mesmo. Segundo o ISA, “nenhum dos povos da região foi consultado sobre da instalação da mineradora e tampouco foram avaliados os impactos eventuais sobre eles”.

   
Fontes:
http://www.zedudu.com.br/?p=24778 Acesso em 24/10/2012 às 17:17

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