quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CHEIA DE LIXO

Por: Taiane de Cássia.

A problemática do lixo é antiga em Altamira e com o crescimento demográfico esse problema aumenta de forma exponencial. Não é somente o lixo residencial que aumenta, mas também o lixo gerado pelo comercio, pelas indústrias, pela construção civil e inclusive o lixo hospitalar. 
O lixo trás problemas de inúmeras ordens em Altamira, o entulho das construções obstruem as vias, podendo provocar em alguns casos inclusive acidentes de trânsito. Já o lixo residencial e de alguns comércios que apresentam um grande percentual de matéria orgânica atraem moscas, insetos, baratas, urubus, além de provocar mau cheiro e poluição visual aos locais. O lixo hospitalar caracterizado por ser um tipo de resíduo altamente contaminante não recebe nenhum tratamento especial no município e é despejado no lixo juntamente com outros tipos de lixo. Alguns culpam o poder público por não realizar a coleta do lixo em alguns locais. O poder público se defende acusando a população por colocar o lixo em horários e dias inadequados, ou seja, quando não há coleta de lixo. Encontrar lixeiras em qualquer lugar da cidade é raridade. Os moradores costumam deixar o lixo em frente as suas casas e no chão, facilitando assim a ação de cachorros e urubus que reviram o lixo quando uma simples lixeira poderia evitar todo esse transtorno. Um exemplo da situação do descaso com o lixo está na rua 1º de janeiro no centro da cidade, onde a problemática do lixo se agrava com a cheia do Rio Xingu. Antes mesmo de chegarmos no final da rua as pessoas já são recebidas com o mau cheiro do lixo no local, tornando se também um obstáculo para o tráfego pela via. As águas que durante muito tempo trouxe a vida e o sustento a população do Xingu agora são envenenadas com desetos de todos os tipos, disseminando inúmeras doenças, além da propragação da dengue e da malária. Não bastam apenas que se comprem mais caminhões de coleta de lixo ou que se aumentem os funcionários nesse setor, é necessário que haja uma mudança cultural de toda a população em relação ao lixo. Muitos dizem defender e amar o Rio Xingu, mas em suas práticas cotidianas fazem dele e da cidade uma verdadeira lixeira.




Igarapé que corta a rua Primeiro de Jeneiro.


Imagens: Taiane de Cássia

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