terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Divisão do Pará em debate

O plebiscito sobre a divisão do Pará está previsto para o mês de Dezembro de 2011, com data ainda indefinida, percebe-se que este assunto tão importante para milhares de paraenses não está bem esclarecido, no entanto o JORGE (jornal da geografia) abre espaço para que membros da comunidade acadêmica, contribuam com sua opinião sobre o assunto.
Em entrevista ao Jorge, o prof. Paulo Jorge, vice-diretor da faculdade de Letras, diz que a divisão do Pará, são interesses políticos ligados à interesses econômicos. Para ele, a criação desses dois novos estados, gera um interesse externo, da mesma forma que a construção de Belo Monte. Paulo afirma que ‘’são interesses de grupos políticos que não tem uma relação efetiva com estado do Pará e com o povo, a não ser com base no interesse de tirar vantagem’’.
O professor questiona quem arcaria com as custas da criação desses novos estados e de todos as instâncias necessárias para a constituição de um Estado como o poder legislativo, executivo, judiciário, etc.
O professor ainda questiona quem seriam os grupos interessados na divisão, como o processo ocorreria e se o governo federal estaria disposto a arcar com os custos dessa divisão.
Segundo Paulo, está se buscando um plebiscito para recorrer à opinião popular, numa tentativa por tentar democratizar essa decisão. Porém , o professor pergunta a si mesmo se a população estaria realmente informada sobre a temática. Ele vai mais além ao levantar a problemática de que se realmente as pessoas estão sendo informadas sobre a temática ou estão sendo manipuladas, através da mídia, que estaria a serviço de alguns grupos. Grupos estes que, segundo ele, insistem na divisão do estado e disseminam apenas as vantagens dessa divisão, finaliza Paulo Jorge.
A reportagem também entrevistou o professor Rozinaldo Ribeiro, diretor da Faculdade de Pedagogia.
O professor inicia sua entrevista afirmando ser contra o processo de separação do Estado. Segundo avalia a discussão em questão não é um fato geográfico, mas principalmente politico, “um problema de classe”. Havendo um Estado de grandes dimensões ou um Estado diminuto, problemas de corrupção de outros podem continuar ocorrendo.
O professor avalia que a possiblidade de separação do Estado é muito pequena pois seriam mais despesas para o Estado custear.
Os movimentos que querem a separação, na opinião de Rozinaldo Ribeiro, são movimentos de elite que buscam o poder. Não existiria em sua concepção uma preocupação democrática verdadeira e sim um processo de participação popular onde a população seria consultado para legitimar o processo.
No que se refere ao aspecto econômico o professor diz: “é um projeto econômico péssimo para região porque ficaremos com a pior parte e não precisa ser muito esperto pra saber qual será prejudicada, pois ficaremos com tapajós por que é a região mais pobre do Pará”.
Uma das coisas alternativas apontadas por Rozinaldo seria a criação de subgovernadorias, fazendo o Estado se tornar mais próximo dos problemas vivenciados por regiões mais afastadas da capital. No seu ponto de vista o professor considerar que hoje o Estado estende “seus braços” até onde lhe interessa. Para ele, a elite não tendo mais nada que dizer, se reuniu e se questionou sobre o que fariam, uma vez que já roubaram e ludibriaram o povo de tantas formas e que criar uma discussão sobre a divisão do Estado seria uma forma interessante de distrair a massa. Rozinaldo diz que sua fala é irônica, da mesma que as propostas de divisão também o são e conclui defendendo que todo o dinheiro que vai ser gasto tanto com o plebiscito ou para criação de novos Estado deveriam ser gastos com obras nas áreas de saúde, educação, saneamento e outros setores já tão esquecidos pelo “Estado”.

Um comentário:

  1. essa divisão é de interesse nacional e ñ deveria ficar restrita ao estado do para ja q vai transformar grileiros e criminosos em politicos, usando assim recurssos de todo pais

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