domingo, 20 de fevereiro de 2011

Violência é cultura?




Aldani Braz Carvalho
(Discente de Lic. em Geografia- Regular)

A violência é um problema que está presente em basicamente todo o mundo, porém é bem mais grave nos países em “desenvolvimento”. O Brasil é, infelizmente, um exemplo disto. A violência deixou ser um “privilégio” dos grandes centros urbanos e assola também município de pequeno e médio porte. Esse é o caso de Altamira que nos últimos anos, passa por um nítido processo de intensificação da violência. Uma das possíveis causas dessa violência está relacionada a especulação da construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
Já é possível verificarmos um maior fluxo de pessoas, e infelizmente aliado a esse aumento populacional tem-se um aumento de casos de crimes e de violência como assaltos, furtos, latrocínios, tráfico de drogas, entre outras ilicitudes.
Apesar de ser uma cidade do interior, que em geral, tem como características a tranquilidade e uma boa qualidade de vida, identificamos aqui graves problemas oriundos da desestruturação do município, que não está preparado para suprir as necessidades básicas nem de seus habitantes naturais e quem dirá do fluxo migratório que chega a cada momento. A vinda de um contingente populacional, afeta consideravelmente a estrutura da cidade, tornando-a ainda mais violenta e difícil de “sobreviver”.
São exacerbadas as notícias com enfoque trágico, e rotineiras as imagens de mortes, assaltos, roubos. Porém a maior atenção é dada aos óbitos.
A carnificina retratada pela imprensa, chocando aqueles que chegam e é rotina para os que aqui estão.
Seria Altamira uma cidade tão violenta como retrata a imprensa local ou estaria se criando uma imagem distorcida da violência? Parece que mais do que discutir alternativas para o engrandecimento da cultura local as pessoas parecem estar mais interessadas em notícias chocantes, violentas, ligadas aos vícios e a um comportamento instintivo.

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