quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Situação imobiliária em Altamira “Da desvalorização à especulação”


por Taiane de Cássia Costa e Vandinei S. Nascimento

Poucos anos atrás Altamira vivia a desvalorização dos imóveis devido a estagnação econômica da região, todavia, com o empreendimento de Belo Monte e a chegada de um numero grande de imigrantes num período curto de tempo provocou o aquecimento do mercado imobiliário. Se antes sobras imóveis e os preços eram acessíveis atualmente faltam imóveis com preços acessíveis para a maior parte da população, seja para locação ou até mesmo para compra.A média de locação de uma residência de porte médio com sala, cozinha, dois quartos ou mais, banheiro e garagem segundo as próprias imobiliárias é de 2 mil reais, entretanto esse dado não pode se ater como regra para todos os imóveis, porque os donos aproveitando a grande procura exorbitam ou não os valores de venda ou aluguel.
Uma característica que está tomando forma na atual situação imobiliária de Altamira é a concentração de imóveis sobre posse de poucas pessoas. Antes quando a procura era pouca a posse era bem diversificada, com a procura em alta, empresários investiram muito na construção civil e aquisição de terras para loteamentos. 
Há um consenso dentre as imobiliárias para o prazo de baixa nos valores de aquisição e locação dos imóveis em Altamira para no máximo 3 anos, isso em decorrência da construção de novas residências e a abertura de novos loteamentos em torno da cidade, é importante deixar claro que os preços podem sofrer baixas, entretanto será difícil chegar aos valores de 5 anos atrás, alertam os corretores imobiliários.
Ouvimos as pessoas que moram de aluguel há bastante tempo para tentarmos descrever como se dá esse processo de especulação no contexto atual na cidade de Altamira.
Maria do Livramento mora em casa alugada a aproximadamente 6 anos, sua casa possui 02 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, em 2007 ela pagava 300 reais de aluguel hoje paga 640 reais.
“Se o aluguel aumentar mais, teremos que mudar para uma casa bem menor, esse aumento desenfreado afetou muito minha renda familiar, tivemos que rever os gastos que antes podíamos gastar, mas fomos obrigados a reduzi-los, deixamos de fazer muitas coisas que antes era de nossa rotina, como por exemplo: sair para jantar, passeios que antes fazíamos tivemos que diminuir e dentre outras coisas, agora temos que nós programar com antecedência para não comprometer o dinheiro destinado a pagar o aluguel”. 

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