segunda-feira, 5 de março de 2012

INFESTAÇÃO DE PULGAS NO CAMPUS II


por Vandinei S. Nascimento e Taiane de Cássia

A pouco mais de uma semana o prédio da Engenharia Florestal, localizada no Campus II da Universidade Federal do Pará, Campus de Altamira sofre com a infestação de pulgas que atrapalham o andamento do trabalho de professores e técnicos além de prejudicar o andamento das aulas.
Alguns professores chegaram a cancelar as aulas, alegando que tal situação poderia expor os alunos e professores a uma situação de risco, uma vez que poderiam adquirir doenças transmitidas pelas picadas das pulgas.  
Segundo funcionários da instituição os prédios da universidade passam por dedetizações periódicas, mas a permanência dos animais infestados de pulgas no local dificulta a contenção da infestação. O clima quente e úmido da região também seria um fator propicio para a propagação das pulgas. 
A infestação das pulgas na opinião de professores e alunos seria resultado da permanência de cachorros abandonados que ocupam a parte inferior do assoalho do prédio. Professores denunciam que os animais que permanecem no local não recebem nenhum cuidado de higiene, sendo apenas alimentados por alunos e funcionários da instituição.
 Todavia, em entrevista concedida ao Jornal de Geografia, o professor Dr. José Wilson Pereira da Silva, da Faculdade de Engenharia Florestal levantou novas hipóteses para o surgimento e propagação das pulgas. “A principio achávamos que essas pulgas era de cachorro mais tem muita pulga para ser de cachorro. É possível que sejam de ratos. Acreditamos que exista embaixo do prédio um banco de ovos de pulgas e esse banco de ovos esta protegido”, argumento o professor. Conta ainda que foi realizada uma dedetização no prédio em dezembro de 2011, eliminando-se superficialmente as pulgas que ressurgiram nesse ano. “As pulgas depois que nascem procuram um hospedeiro,  que  na maioria dos casos são animais. Mas as pulgas também podem atacar a espécie humana”, explica José Wilson.
Wilson levanta e hipótese de que antes de terem atacado os seres humanos, as pulgas podem ter se hospedado em cachorros ou até mesmos ratos ou morcegos que podem possivelmente habitar a parte inferior do prédio. “Caso contaminem um rato ou morcego pode vim a gerar outros problemas até por que existem vários tipos de pulgas dificultando assim a identificação”, explica ele.
Foi feita uma coleta de amostra e enviado para identificação na Universidade Federal de Minas Gerais para um professor especialista na área, realizasse a identificação dos espécimes encontrados no Campus II. As pulgas foram coletadas e enviadas no dia 01/03/2012 e devem chegar ao especialista no dia 06/03/2012. Identificando-se a espécie de pulga, segundo o professor, pode-se então dar uma solução efetiva ao problema. Wilson considera que é precipitado dizer que as pulgas são provenientes dos cachorros, pois elas poderiam ainda ter vindo de Belém juntamente com as caixas de materiais. Essas caixas vindas de Belém poderiam abrigar os ovos das pulgas que por sua vez, ficaram em estado de dormência por mais de 200 dias e gerando posteriormente a propagação do inseto. O professor alerta que se realmente o foco dos ovos estiverem embaixo do prédio, será necessário realizar uma ação de controle no foco e não apenas na área externa do prédio. O professor afirma que a coordenação do Campus já esta ciente do problema e que já estão sendo tomadas as devidas providencias.

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