terça-feira, 26 de junho de 2012

ÍNDIOS OCUPAM BARRAGEM DE BELO MONTE

ÍNDIOS OCUPAM BARRAGEM DE BELO MONTE
 
Desde o dia 21/06, os índios ocupam um terreno de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O ocupação foi uma revolta, que segundo eles está ligado ao não cumprimento das condicionanates, em especial aquelas ligadas aos povos indígenas.
Segundo informações repassadas, a ocupação índigenas não conta com nenhuma participação de OGNs, organizando-se portanto de maneira autonoma e com recursos próprios. Eles exigem a presença de representantes do governo e da Norte Energia.
Os indios ocupam a ensecadeira (espécie de tapume que permite que permite que as obras ejam realizadas em terrenos mais seco). Em evento recente participantes do Xingu +23, ocuparam a ensecadeira e cavaram um canal que permitiu que o Rio Xingu seguisse seu curso, garantindo assim (de maneira simbólica) que o Rio Xingu voltasse a correr livremente.
No dia 25 índios Xikrin daTerra Indígena Trincheira-Bacajá e Juruna do Paquiçamba chegaram à ensecadeira por rio. As terras desses indigenas fica a jusanta, ou seja, abaixo da barragem e segundo o relatório de Impacto Ambiental do empreendimento, essa região que sofrerá com a seca e inclusive rebaixamento dos lençois freáticos. A região é denominada pelo empreedimento como "Vazão Reduzida"do Xingu.
Outros índios deve chegar por terra e por água nos próximos dias para adensar o movimento. Segundo os índigenas "são esperados os Arara da Volta Grande do Xingu e representantes de todas as Terras Indígenas na região, vindos dos rios Iriri e do Xingu, a montante de Altamira, além dos citadinos". No dia 26 é esperada a chegada de lideranças da tribo Parakanã.
Os ínidios como grande parta dos moradores da região reclamam que as condicionantes não estão sendo cumpridas. Nem as condicionantes que afetam a todos como a falta de serviços de saúde e educação e no saneamento básico que estão cada vez mais sobrecarregados com o aumento populacional. "Os povos indígenas preocupam-se com a demora na implantação do Plano Básico Ambiental – componente indígena (PBA), que deveria estabelecer e efetivar os programas de compensação e mitigação dos impactos já sentidos na região pelos indígenas; com a demora na entrega aos Xikrin dos Estudos Complementares do Rio Bacajá, que por ora apenas foram apresentados nas aldeias, e que permitiria um melhor dimensionamento dos impactos neste rio e para os Xikrin, e garantia da definição de programas de compensação e mitigação destes impactos, em especial pela seca que prevêm que seu rio sofrerá com a construção do empreendimento".
Os indigenas alegam ainda desconhecimento do PBA, e por essa razão pedem mais informações para que todos possa entender. Reclama ainda da demora em definir a situação fundiária das Terras Indígenas Terra Wangã, Paquiçamba, Juruna do Km 17 e da Cachoeira Seca.
Os índigenas dizem que por não possuirem informações suficientes sobre como será realizado o sistema de transposição da barragem, estes temem que fiquem isolados de Altamira, cidade da qual dependem, para serviços como saúde, educação, escritórios da FUNAI, etc. OUtra reclamação se dá em razão da suposta não autorização das autoridades competentes em contruirem estradas como alternativa ao transporte fluvial atualmente utilizado pelos indígenas e que será dificultado pela transposição da barragem e pela seca (vazão reduzida) do leito do rio. A falta de investimentos anterioremente as obras é outra reinvindicação dos indigenas, como por exemplo, garantir a captação de água potável nas aldeias da Volta Grande do Xingu, nas quais a água do rio, até então consumida pela população, já está barrenta e insalubre devido à construção."



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